O ano de 2017 começou e com ele a preocupação sobre o surto de febre amarela que assusta o país. Embora o foco na Bahia ainda seja pequeno, é importante ressaltar a importância do cuidado prévio e das medidas a serem tomadas, caso a doença seja comprovada.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (10 a 15 dias) e gravidade variável, mas que pode levar à morte em casos mais graves. A transmissão de pessoa para pessoa não existe, sendo o vírus transmitido pela picada dos mosquitos infectados (Aedes aegypti, ou comumente conhecido como mosquito da dengue). Portanto, deve-se ter maior atenção com os locais onde as crianças brincam e com a proteção.
De acordo com a Dra. Maria Luísa, infectologista do Hospital Martagão Gesteira, os primeiros sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar, náuseas e vômitos. “Se a febre reaparecer, houver quadro de insuficiência do fígado e dos rins, levando à icterícia (pele amarelada), diminuição da urina e sangramentos, é sinal de que a doença se agravou. Caso a pessoa não receba os cuidados adequados, pode vir a óbito”, alerta a médica.
O tratamento para crianças se dá da mesma forma que para adultos, sendo feito com sintomáticos (medicação genérica para um sintoma genérico, exemplo: analségico para dor de cabeça, antitérmico para febre…), não existe um medicamento específico. “O paciente requer cuidados como permanecer em repouso, recebendo reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, deve-se permanecer em ambiente hospitalar, até mesmo em Unidade de Terapia Intensiva”, orienta a infectologista.
Dra. Maria Luísa afirma ainda que no Martagão Gesteira não houve nenhum caso suspeito ou confirmado de febre amarela, “mas estamos em alerta pois somos referência para atendimento infantil em todo o Estado”.
Sobre a vacinação – Para uma prevenção eficaz, é importante controlar a proliferação do mosquito e, para aqueles que viajarão para áreas de risco, se vacinar. A vacina da febre amarela é gratuita e disponibilizada pelo Ministério da Saúde nos postos de vacinação de todo o país. É importante lembrar que a vacina não deve ser aplicada em pessoas com alteração da imunidade, gestantes, mulheres amamentando crianças de até 6 meses e adultos acima de 60 anos. Mas está liberada para crianças acima de 9 meses. No caso de viagens para áreas com maior risco de transmissão da doença, a vacina deve ser aplicada com no mínimo 10 dias de antecedência e é válida por 10 anos.